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FORDLANDIA

O PROJETO
PERÍODO: 1927-1945.

DIMENSÃO:10 mil km2 - quase dois Distritos Federais.

LOCALIZAÇÃO:200 km ao sul de Santarém (PA), às margens do rio Tapajós.

OBJETIVO: extração de borracha.

EXTRAS: criação de dois núcleos urbanos (Fordlândiaa e Belterra), com alojamentos,
casas e clubes, rede de água, escolas, estradas, porto, telefonia.

PORQUE DEU ERRADO:
desconhecimento da região, revolta dos trabalhadores e o surgimento da borracha sintética.

PREJUÍZO ATUALIZADO:
US$ 500 milhões.

Jojn Rogge, um dos gerentes do projeto e uma jovem seringueira

Riverside Avenue com os tetos metalicos que tornavam as casas em fornos


EM 1927 PARA CRIAR UMA LINHA DE MONTAGEM DE SERINGUEIRAS, HENRY FORD IMPORTOU DOS EUA UMA CIDADE INTEIRA.

Nos anos 20, Henry Ford produzia (ou tinha na mão quem produzia) todas as peças que iam em seus carros -
menos os pneus. O látex, matéria prima deles, já vinha tabelado do Sudeste Asiático.
Furioso com essa dependência, o homem mais rico do mundo decidiu criar sua própria colônia produtora de borracha.

Quando souberam dos planos do Ford. as autoridades brasileiras trataram de incluir a Amazônia neles.
Seria um alento para a Região Norte, que patinava desde o ciclo da borracha - encerrado justamente pelas seringueiras do Sudeste Asiático. Enquanto aqui a distribuição das árvores ficava a cargo da natureza,
lá elas eram plantadas lado a lado. um ganho exponencial de produtividade que Ford esperava reproduzir.Pelo equivalente a RS 2,5 milhões atuais, em 1927 o empresário adquiriu no Pará um terreno do tamanho de dois Distritos Federais.

a 1.500 quilômetro de barco de Belém. As margens do rio Tapajós, surgiu uma versão amazônica do
american dream: a Fordiândia imitava um subúrbio americano, com casas brancas de alvenaria, amplas calçadas, jardins bem cuidados e hidrantes nas esquinas.

Com um contrato que permitia agir sem precisar consultar ninguém, a empresa queimou 1.000 km de mata virgem e plantou seu seringal cartesiano - que sem a proteção da floresta, virou presa fácil para insetos e fungos.

Além disso, o terreno era montanhoso, não permitia o pouso de aviões e só era acessível a grandes embarcações durante a cheia do Tapajós, implodindo qualquer logística.
Boa parte dos empregados era de caboclos da região, que estranhavam os turnos rígidos e a cartilha puritana
- álcool, cigarro e prostituição só eram encontrados na vizinha ilha da Inocência.
Em 1930, cansados do cardápio importado de Detroit, rico em enlatados e espinafre. funcionários depredaram a propriedade.

No fim. o fracasso não veio do homem nem da terra, mas da ciência. Em 1945. a borracha sintética se tornou viável, tornando supérfluo qualquer seringal. Irritado, Ford devolveu as terras e tudo que havia nelas por um vigésimo do que já havia perdido - muitas construções ainda estão la.
Falecido dois anos depois, o empresário nunca conheceu a cidade que leva seu nome.

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