No final dos anos 60, vários grupos armados passaram a enfrentar a ditadura que governava o Brasil.
Era uma época em que adversários do governo eram torturados e em que as pessoas não podiam se expressar livremente.
Por isso, a imagem desses grupos ficou associada a ideais de liberdade. Mas a coisa não é tão simples.
"As guerrilhas defendiam outra ditadura. Hoje, muitos dos que fizeram parte desses movimentos fazem essa autocritica", diz o historiador Manolo Fiorentino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em entrevista recente, o hoje deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) - que pertenceu ao grupo armado MR-8 nos anos 6o - fez essa autocrítica: "O que nós queríamos era implantar uma ditadura do proletariado".
Essa expressão se refere a um estado de governo transitorio entre o capitalismo e o socialismo.
No poder, em vez da burguesia, estaria o povo. Mas sem democracia.
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