Descoberto gene que determina duração da vida
Um gene que atua no cérebro pode ser o responsável pela
duração da vida de uma pessoa.
A tese foi levantada em um
artigo publicado na revista científica Nature por três pesquisadores do
Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina da Universidade
Harvard, nos Estados Unidos. Jason Morris, Heide Tissenbaum e Gary Ruvkun
isolaram um gene do nematódeo Caenorhabditis elegans e descobriram que a sua
presença altera o tempo de vida do animal.
Os organismos que não tinham esse
gene, chamado Age-1, viviam duas vezes mais que os demais.
O resultado da pesquisa é surpreendente porque indica que a
duração da vida dos animais — incluindo os humanos — pode estar decidida antes
mesmo de seu nascimento. Ou seja, junto com as outras características
genéticas, os seres vivos herdariam a predisposição para ter uma vida longa ou
curta.
Ao examinar clones do gene Age-1, os cientistas descobriram que ele é similar
a uma proteína chamada PI3K, encontrada nos humanos. “Nosso próximo passo é
isolar essa proteína e confirmar se ela age no envelhecimento humano”, contou o pesquisador Ruvkun. “Se o cérebro controla o crescimento e a puberdade,
é natural que também influencie a longevidade.”
Um dos motivos que animam os cientistas é a descoberta da relação
entre o gene Age-1 e os radicais livres, substâncias que destroem o tecido
celular deixando o organismo mais frágil.
Os animais sem o Age-1 são mais
resistentes aos radicais livres. Uma possibilidade, embora ainda remota, aberta
pela pesquisa é o uso da engenharia genética para interferir nesse ciclo e
aumentar a expectativa de vida de uma pessoa.
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