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Terrorismo eletrônico

Em uma manhã de julho de 1997 35 hackers lançaram um ataque coordenado contra os EstadosUnidos.
Vários Estados mergulharam Na escuridão por causa de um blecaute monstruoso. Um avião foi derrubado. I cruzador da Marinha americana caiu nas mãos dos terroristas. E, para piorara tragédia, os sistemas de comunicação dos serviços de emergência e do Departamento de Defesa foram desativados.

Os prejuízos - financeiros e humanos - seriam incalculáveis se tudo isso não fosse apenas uma simulação realizada pela Agência de Segurança Nacional americana.

Apesar de a maior parte dos resultados serem sigilosos, a experiência fez os americanos  acordarem para o perigo de um ataque terrorista eletrônico: o ciberterrorismo.

"Muitos dos sistemas vitais do país são acessíveis pela internet e utilizam programas comerciais que contêm vulnerabilidades bem conhecidas.

Atacá-los não é tão difícil, diz Eric Goetz, do Instituto de Estudos de Tecnologia de Segurança do Dartmouth College, em New Hampshire, Estados Unidos. Goetz é um dos autores de um relatório publicado em setembro, que afirma serem grandes as chances de um devastador ataque on-line aos Estados Unidos durante as campanhas militares no Afeganistão.

Um atentado eletrônico não destruiria a infraestrutura do país, mas a inutilizaria por um tempo, geraria pânico e facilitaria outros tipos de ataque

Para realizá-lo, não seria preciso um grande exército: pequenos grupos de terroristas pode-riam organizá-lo com o enorme arsenal de guerra eletrônica disponível na web.

Estima-se que os sites de hackers recebam, todo dia, entre 30 e 40 novos programas que podem auxiliar nesse tipo de atentado. Por esse motivo, evitar os ataques não é fácil.

 Governos e empresas precisariam adotar senhas mais seguras, programas mais estáveis e sistemas capazes de bloquear invasores. "A internet até agora foi construída apenas para facilitar a comunicação e não para funcionar de forma segura", diz Goetz. "Precisamos mudar com urgência essa mentalidade."



A AMEAÇA ONLINE
Como um ataque eletrônico poderia nos afetar

GOVERNOS
O governo americano estima que no país alguns  grupos possuam programas avançados de guerra eletrônica.
Um ataque poderia causar tumulto num país inteiro, como mostrou a simulação de 1997.

É possível parar aeroportos, hospitais, criar caos no transito e impedir qualquer resposta rápida. Apesar de atentados tão graves nunca terem ocorrido, um ataque de hackers chineses contra os Estados Unidos, em junho deste ano, mostrou que o risco é grande. Eles acessaram por 17 dias os computadores que controlam a rede elétrica na Califórnia e por pouco não causaram um blecaute no Esta¬do. Enquanto isso, 1200 sites americanos foram tirados do ar por invasores ou receberam mensagens favoráveis á China.

No mês seguinte, os chineses organizaram um devastador ataque com vírus, que recebeu o nome de "Code Red".

Programado para atacar a home page da Casa Branca, sede do governo americano, °vinis rapidamente se espalhou pelo mundo e causou perdas calculadas em 2,6 bilhões de dólares. Não se conhece o autor de nenhum desses ataques.


EMPRESAS
A facilidade de atacar pelas redes já causa enormes prejuízos. Um levantamento feito com 538 grandes empresas americanas e agências governamentais dos Estados Unidos revelou que as fraudes por computador foram responsáveis pela perda de pelo menos 1 bilhão de dólares entre 1996 e 2001.

 A maior parte dos danos vem do roubo e da destruição de informações sigilosas da empresa, como projetos de novos produtos, informações sobre clientes ou detalhes da estratégia da companhia.

Terroristas também conseguem invadir sites de notícias, publicar informações falsas e, com isso, manipular a Bolsa de Valores ou acabar com a credibilidade de uma empresa.

No entanto. os maiores prejuízos viriam de um ataque aos computadores que coordenam o fluxo de dados entre as diversas partes da internet. A queda de algumas dessas máquinas sobrecarregaria os demais computadores e poderia, como em um jogo de dominó, derrubar toda a rede mundial de computadores.

CASAS
O perigo atinge até mesmo os usuários domésticos. Além de terem que lidar com vírus que se espalham por e-mail, eles ainda podem ser usados como arma para investidas maiores: programas podem entrar despercebidos no computador e. sob o comando de um terrorista, serem usados para atacar um endereço na internet.

Mas o maior risco que os usuários domésticos da rede enfrentam é o roubo de dados bancários ou dos números de cartões de crédito, que seriam usados para transferir dinheiro de forma ilícita - eventualmente para financiar o terrorismo.

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