Atribuídos anualmente pela revista humorística “Annals of Improbable Research”, os Ignóbil “honram façanhas que primeiro nos fazem rir e depois pensar”
e vão já na sua 18ª edição. Normalmente, os galardoados são investigadores, cujos trabalhos foram publicados em revistas de grande prestígio internacional.
No palco do Sanders Theatre estiveram verdadeiros prêmios Nobel, a que os organizadores chamam “os outros, os da Academia Sueca”, que entregaram ainda mais sete IgNobel.
Todos os vencedores tiveram exatamente 60 segundos para fazer o seu discurso de aceitação, tempo rigorosamente controlado por uma criança de oito anos.
IgNobel da Arqueologia
Dois investigadores brasileiros venceram o IgNobel da Arqueologia pelo seu artigo “O papel dos armadillos no movimento dos materiais arqueológicos: uma abordagem experimental”, publicado na “Geoarchaeology”, em Abril de 2003,
IgNobel da Paz
OComitê Federal Ético da Biotecnologia Não-Humana da Suíça arrebatou o IgNobel da Paz por adotar o princípio legal de que as plantas têm dignidade.
IgNobel da Economia
Um estudo sobre os efeitos do ciclo ovulatório nas gorjetas das dançarinas de bar recebeu ontem à noite o Prêmio IgNobel da Economia de 2008, numa cerimônia realizada no Sanders Theatre da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, perante 1200 pessoas.
IgNobel da Química
O IgNobel da Química deste ano foi para dois artigos contraditórios sobre os efeitos espermicidas da Coca-Cola. O primeiro foi publicado por cientistas americanos no “New England Journal of Medicine”, em 1985, defendendo esses efeitos; e o segundo, publicado por investigadores de Taiwan na “Human Toxicology”, em 1987, dizendo exatamente o contrário.
IgNobel da Biologia
Três investigadores franceses repartiram entre si o IgNobel da Biologia por descobrirem que as pulgas que vivem nos cães saltam mais alto do que as pulgas que vivem nos gatos. O artigo foi publicado na revista científica “Veterinary Parasitology” em 2000.
IgNobel da Nutrição
O IgNobel da Nutrição foi para Massimiliano Zampini, da Universidade de Trento, em Itália, e Charles Spence, da Universidade de Oxford, pelo seu estudo para modificar eletronicamente o som de uma batata frita de forma a parecer mais estaladiça e fresca do que realmente é. O estudo foi publicado no “Journal of Sensory Studies”, em 2004.
IgNobel da Medicina
Dan Ariely da Duke University (nos EUA) demonstrou que os remédios falsificados mais caros produzem mais efeito do que os remédios falsificados mais baratos e essa façanha valeu-lhe o IgNobel da Medicina. O trabalho foi publicado este ano no “Journal of the American Medical Association”.
IgNobel da Ciência Cognitiva
Dois investigadores japoneses e um húngaro descobriram que os micetozoários, uma espécie de amiba, conseguem resolver puzzles e receberam o IgNobel da Ciência Cognitiva. O artigo foi publicado na prestigiada “Nature” em Setembro de 2000.
IgNobel da Física
O IgNobel da Física 2008 premiou um trabalho de dois invetigadores americanos que conseguiram provar matematicamente que fios de cordel ou cabelo acabam inevitavelmente por se embaraçar. O trabalho foi publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”, em Novembro de 2007.
IgNobel da Literatura
Finalmente, o IgNobel da Literatura foi para David Sims da Cass Business School, em Londres, pelo seu estudo sobre a experiência da indignação dentro das empresas, publicado na revista “Organization Studies”, em 2005.
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