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ALO, TEM ALGUEM AI?

A idéia de que outros planetas possam abrigar seres inteligentes e mesmo civilizações mais avançadas que a nossa não é recente. Vários escritores de ficção cientifica como Julio Verne, H. G, Wells, Cyrano de Bergerac, Voltaire, Herschel defenderam a “pluralidade dos mundos” com contribuições cientificas e literárias bastante interessantes. Para os cientistas, a existência de uma estrela com a característica de estabilidade e temperatura de nosso Sol (uma estrela do tipo F) é indicativo bastante seguro da probabilidade de que em sua volta existam planetas semelhantes a Terra e que portanto, possam abrigar alguma forma de vida.

Segundo os cientistas, em torno de uma estrela desse tipo existe uma faixa bem delimitada de distâncias que formam duas esferas concêntricas denominadas “esferas ecológicas”, dentro das quais, um planeta com as dimensões da Terra teria condições muito favoráveis para o aparecimento de formas de vida, veja figura 1.

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A VIDA ´SO PODE SER MANTIDA EM CONDIÇOES ESPECIAIS

Estrelas muito quentes se caracterizam por sua vida curta e por variações explosivas de temperatura, enquanto estrelas muito frias como as vermelhas, não teria temperatura suficiente para aquecer um planeta nas condições ideais exigidas pela vida.

Analisando nossa galáxia, a via Láctea, que possui 100 bilhões de estrelas, os pesquisadores chegaram à conclusão de que uma estrela em cada mil tem as características necessárias à manutenção da vida num planeta. Nem todas têm estes planetas, mas em um “universo” de 100 bilhões de estrelas, chegamos a 100 milhões de estrelas que poderiam abrigar planetas habitados.

Não temos a mínima idéia, quantas dessas 100 milhões realmente abrigam Ets, não temos a mínima idéia, mas por menor que seja a probabilidade, certamente ela não é nula.

A idéia de que tenhamos tamanha quantidade de planetas habitáveis, torna-se ainda mais espantosa se considerarmos que a nossa galáxia é apenas uma entre as mais de 100 milhões que podemos observa na parte conhecida do universo!

COMO SERÃO ELES?

Os escritores de ficção cientifica costumam exagerar na diferenciação das formas e ate mesmo dos materiais que possam ser usados por uma civilização extraterrena. Para se estabelecer uma pesquisa séria, na busca de sinais de outras civilizações, os pesquisadores não partem simplesmente de suposições, mas sim de fatos. E, alguns desses fatos conhecidos são muito importantes para que não gastemos esforços num trabalho que não leve a nada. Estamos diante de uma quantidade enorme de pontos que devem ser observados, portanto somente com um trabalho sério teremos maior probabilidade de acertar exatamente num local em que exista alguém que corresponda às nossas expectativas. O primeiro fato importante a ser considerado é a própria natureza de todos os corpos celestes. Analisando a luz emitida por estrelas, por mais distantes que estejam, verificamos pelo espectro obtido que elas são feitas pelos mesmos elementos químicos que conhecemos na Terra. Em outras palavras, as mais distantes estrelas do universo conhecido são feitas de hidrogênio, Helio, carbono, etc, da mesma forma que as coisas na Terra. Isso significa que a química de qualquer coisa viva ou objeto, por mais longe que seja o planeta considerado, deve obedecer às mesmas leis validas na Terra,

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Da mesma forma, o espectro visível e mesmo invisível que captamos na Terra resultante de fenômenos naqueles corpos distantes ocupam as mesmas freqüências do espectro e tem a mesma natureza dos que obtemos em fenômenos semelhantes ocorridos em nosso planeta.

Assim, podemos supor que a civilização que se desenvolva em qualquer parte do universo conhecido tenha uma química e uma física que siga às mesmas regras que as nossas. As variações quanto às formas podem ocorrer, mas no geral não existem muitas opções.

Por exemplo, num planeta que gravite em torno de uma estrela um pouco mais fria que

o sol, e que, portanto, o espectro visível tenda mais para comprimentos de onda maiores, os seres podem ser capazes de ver uma parte do infravermelho que não vemos, e por outro lado, serem cegos para o violeta.

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Mas, o importante realmente é que se uma civilização se desenvolver em qualquer parte, em algum momento ela vai descobri e usar o espectro eletromagnético em quase sua totalidade como fazemos. Em outras palavras, qualquer civilização em determinada etapa de sua evolução vai usar as ondas eletromagnéticas ou ondas de radio de alguma forma. Esta civilização vai usar transmissores e vai ter receptores, não importando que tecnologia use para conseguir isso.

A procura de civilizações extraterrenas usando receptores de radio, não é, portanto algo sem fundamento.

QUE FREQUENCIAS SINTONIZAR?

O espectro eletro magnético é extremamente amplo; assim apontar uma antena direcional para o céu em busca de uma estrela que tenha probabilidade de abrigar alguém que opere um transmissor é uma escolha difícil (umas cem bilhões) e alem disso, como escolher a freqüência certa?

As dificuldades de estabelecer uma comunicação com civilizações distantes têm sido analisadas desde 1959 quando Giuseppe Cocconi e Philip Morrison apresentaram seus estudos. Para estes pesquisadores, as ondas de rádio oferecem o melhor meio de comunicação conhecido tanto pela sua velocidade de propagação como pela possibilidade de serem concentradas numa única direção.

No entanto, para estes pesquisadores, o espectro das ondas de rádio está limitado a determinadas freqüências por diversos motivos.

Um deles é que as ondas de rádio não se propagam todas da mesma forma pelo meio inter estelar. Ao contrario do que se pensa, não existe vácuo absoluto no espaço, mas sim partícula dispersa que podem absorver mais ou menos os sinais de rádio e outras freqüências do espectro conforme sua natureza. Estudos mais detalhados permitiram o estabelecimento de faixas que seriam consideradas “promissoras” para uma comunicação entre civilizações distantes. O limite inferior de freqüência determinado pela absorção do meio interestelar é de um MHz, enquanto o limite superior da umidade da atmosfera e pelos próprios gases da

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O ruído quântico é gerado quando as partículas excitadas da matéria inter estelar ou das próprias estrelas emitem radiação. Esta radiação depende da temperatura além de fenômenos ciclotrônicos que podem ocorrer em determinados pontos do universo. Outro ruído importante é o “ruído de fundo” que tem sua origem, segundo os pesquisadores, no próprio nascimento do universo. Esse ruído refletiria o “big bang” que foi a explosão que deu origem ao universo que então se concentrava na forma de uma única partícula. Este ruído, de natureza térmica corres corresponde a “temperatura de fundo” do universo e tem a mesma intensidade em todas as direções, correspondendo a 2,76 graus Kelvin. O ruído atmosférico é produzido pelo oxigênio que absorve radiação, em determinados comprimentos de ondas e os re emitem na faixa indicada.

Temos a faixa entre um e 10 Ghz, que segundo os cientistas, seria a mais promissora numa pesquisa.

A FREQUÊNCIA DE 1420 MHz

No espectro apropriado à pesquisa existem certas freqüências que provoca um interesse especial e uma delas é a de 1420 MHz.

Os elementos que compõem o universo são os mesmos em todas as suas partes. Assim por mais distante que estejam uma estrela, ela possui hidrogênio, oxigênio, etc, com átomos exatamente iguais aos dos mesmos elementos encontrados na Terra. Verifica-se também que mais de 90% de toda a matéria do universo é constituída por hidrogênio. O hidrogênio é o “combustível” das estrelas, é consumido numa reação que

o transforma em Helio e elementos mais pesados, com emissão de grandes quantidades de energia. Alem de estar concentrado nas estrelas, o hidrogênio também esta presente difuso em nuvens gigantescas que são as nebulosas difusas e mesmo no meio inter estelar na forma de átomos isolados. O hidrogênio ao ser excitado por energias elevadas como, por exemplo, ao absorver luz, radiação ultravioletas, raios-X, etc, emite a energia absorvida numa freqüência fixa de 1420 MHz.

Assim, como o hidrogênio é a forma de matéria mais comum no universo, a freqüência de 1420 MHz está presente de forma mais intensa.

Os cientistas supõem que, se alguma civilização descobrir como usar as ondas eletromagnéticas vai acabar inevitavelmente de deparando com uma fonte intensa de radiação vinda do espaço em 1420 MHz onde quer que se encontre. Evidentemente, se naquela civilização existirem cientistas, eles acabarão por desenvolver aparelhos para estudar sinais desta freqüência.

Os cientistas acreditam que 1420 MHz seria um “canal universal” usado como freqüência para comunicação entre civilizações. É claro que não seria esta a freqüência usada, pois seu nível é tamanho no universo, que por mais forte que fosse nosso transmissor ou de uma civilização que desejasse um contato, ele facilmente seria coberto pela radiação natural do hidrogênio espalhado pelo espaço. No entanto, podemos usar artifícios que certamente seriam também considerados por seres inteligentes como:

- transmitir num canal adjacente aos 1420 MHz de modo que um leve deslocamento da sintonia de um cientista “alienígena” pudesse captá-lo.

- usar uma freqüência múltipla, como por exemplo, 28440 MHz.

No seu livro “Univers – Vie – Raison” (Universo – Vida – Razão), o autor russo I. Chklovski analisa todos os problemas sobre o envio de mensagens que pudessem ser “entendidas” por uma civilização como uma tentativa de estabelecer comunicação com semelhantes no universo e suas soluções, de uma forma bastante completa. No entanto, os aspectos práticos desta comunicação “via meios eletrônicos” só começaram a vingar como projeto OZMA do professor Frank Drakeem 1960 no National Radio Astronomic Observatory de Green Bank (USA).

A idéia foi usar um receptor super-heteródino especial de faixa muito estreita, este
receptor de “quádruplo conversão” foi ligado a uma antena parabólica de 27 metros de
diâmetro e varia o espectro em torno das freqüências escolhidas, detectando qualquer
sinal anormal que pudesse indicar uma transmissão “inteligente”.

A estabilidade do circuito tinha de ser extrema, o que foi conseguido por meio de
cristais. Assim, o oscilador principal na freqüência de 1390 MHz não variava mais do
que 1 Hz em cada 100 segundos de operação.

As primeiras estrelas “suspeitas” escolhidas por Drake foram Epsilon, Eridani e TauCeti,
ambas a uma distancia de “apenas” 11 anos-luz da Terra.
Esses 11 anos-luz de distancia significam que, se alguem nos dirigir um “alo, como vão
vocês?”, a resposta só chegara até eles 22 anos depois, se for dada imediatamente.
Em 1972 o projeto teve uma nova face com o nome de OZMA II quando foi liderado
pelo professor Benjamim M. Zuckerman da universidade de Chicago. Esse projeto
usava uma nova antena de 92 metros de diâmetro e o sistema receptor consistia em 384
receptores separados que cobriam uma faixa de 3 Khz. Depois de vários anos, em 1976,
tinha sido pesquisadas mais de 700 estrelas num raio de 65 anos-luz.

Em torno de 1975, o novo projeto de busca de civilizações extraterrenas, baseadas em
rádio emissões, foi novamente liderado pelo professor Frank Drake, e recebeu o nome
de SETI (Search for Extra-Terrestrial Inteligence).
Este projeto utilizava a fantástica antena parabólica do Observatório de Arecibo em
Porto Rico, que tem 305 metros de diâmetro e é montada na cratera de um vulcão
extinto. Esta antena consiste em refletor com 39.778 painéis individuais de 1 metro por
dois que podem ser posicionados de modo independente com uma precisão melhor que
um milímetro.

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Um nome bastante conhecido na divulgação cientifica entrou em cena neste projeto, o de Carl Sagan que justamente com Frank Drake passou a explorar minuciosamente o céu em busca dos ETS. Ate esta época, nenhuma descoberta de ETS havia sido feita a não ser alguns sustos e alarmes que acbaram por levar à descoberta de misteriosos corpos celestes emissores de ondas de rádio.

Em 1967, por exemplo, um estudante inglês havia detectado intrigantes pulsos de rádio que vinham de uma região bem determinada do espaço. A regularidade desses impulsos era tamanha que não se podia acreditar que eram produzidos naturalmente: tinha de ser artificiais!

Mais tarde, já com a antena de Areceibo os cientistas associaram estes impulsos a um interessante objeto celeste que denominara “pulsar”. Tratava-se de uma Estela supernova, na nebulosa do Caranguejo que, depois de “explodir” formando um halo em sua volta, passou a girar com enorme velocidade produzindo assim sinais elétricos de freqüência bem definida.

ONDE ESTÁ A DIFILCULDADE EM ESTABELECER CONTATOS?

As distancias que separam os diversos sistemas planetários que suspeitamos existir são enormes. Cada ano-luz representa quase 9,5 trilhões de quilômetros. Um sinal emitido por um potente transmissor aqui na Terra a esta distancia se torna tão fraco que se perde diante do ruído de fundo do espaço e do próprio ruído gerado pelos aparelhos receptores.

Um passo importante no desenvolvimento de receptores supersensíveis foi o MASER (antecessor do LASER). Este dispositivo, operando em baixissimas temperatura praticamente não gera ruídos e sinais muito fracos podem ser captados.

Os radiotelescópios usam Maser refrigerada em Helio ou nitrogênio liquido de modo a terem uma temperatura menor do que a representada pelo ruído de fundo do espaço e pelo sinal que se deseja captar.

Mas, ainda temos dois fatores a considerar: a distancia e quantidade de estrelas.

Num raio de 65 anos-luz foram pesquisadas mais de 700 estrelas.Se alguém tivesse enviado um sinal e desejássemos dar uma resposta, quanto tempo demoraria em ser estabelecida à comunicação? Na distancia limite pesquisada de 65 anos-luz, o sinal leva 65 anos para ir e 65 anos para voltar. Improvável pensar em dialogo nestas condições!

Uma vez estabelecida um contato, a comunicação se resumiria num fluxo bilateral de informações.

Se pensarmos que nossa galáxia tem 100 bilhões de estrelas que se espalham num disco de 100.000 anos-luz de diâmetro, concluímos que mal começamos as pesquisas.

Estamos ainda no quintal do vizinho num trabalho de exploração para tentar descobrir se existe alguém mais num território do tamanho do Brasil. É claro que, o importante é começar e se alguém captar algum sinal estranho no seu rádio... Não se alarme provavelmente pela sensibilidade o sinal do aparelho não deve vir dos locais onde possa existir civilizações tentando comunicação conosco, que estão muito, mas muito mesmo, mais distante do que a maioria das pessoas possa imaginar!

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